quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Notícias: Chuva de estrelas mais potente do ano alcança esta noite o seu máximo esplendor

A chuva de meteoros Gemínidas de 2010 captada pela NASA
 (Imagem: NASA/MSFC/Danielle Moser)
"Esta madrugada, a chuva de meteoros Gemínidas, a mais potente do ano, terá a sua actividade máxima, podendo ser observada até 17 de Dezembro a partir de quase todos os lugares da Terra.

Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), esta chuva de meteoros (estrelas cadentes) é observável de 7 a 17 de Dezembro, mas a melhor altura é mesmo a madrugada de quarta para quinta-feira.

Estes meteoros são o «fenómeno luminoso resultante da entrada na atmosfera da Terra de um corpo sólido proveniente do espaço», mais concretamente de meteoróides (corpos mais pequenos do que os asteróides), de acordo com o Observatório.

Todos os anos em meados de Dezembro, a Terra atravessa o caminho dos destroços do Faetonte, que os astrónomos ainda não chegaram a um consenso sobre se é um cometa extinto ou um asteróide. As Gemínidas são restos de destroços desse misterioso objecto celeste. O OAL informa que o número médio de meteoros por hora é de 120.

Para esta madrugada, a agência espacial norte-americana (NASA) promove a iniciativa “Up All Night with NASA”, com imagens em directo, através da Internet, e um chat com os astrónomos Bill Cooke, Danielle Moser e Rhiannon Blaauw do Centro Marshall de Voos Espaciais que podem responder às perguntas dos interessados.

Além das Gemínidas, as principais chuvas de estrelas ocorrem, de acordo com o OAL, de 1 a 5 de Janeiro (Quadrântidas), de 17 de Julho a 24 de Agosto (Perseidas) e de 14 a 20 de Novembro (Leónidas)."

(in Público, 14.dezembro.2011)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Notícias: Via Láctea tem anéis como Saturno

Afinal a nossa galáxia "é a senhora dos anéis. Os astrónomos que trabalham com o telescópio espacial Spitzer, que estuda o cosmos através de suas emissões de raios X, detectaram três enormes anéis estelares que envolvem a Via Láctea. De acordo com os resultados, trata-se de restos de galáxias menores e aglomerados de estrelas que foram canibalizados, engolidos pela nossa galáxia gigante há milhares de milhões de anos. A ilustração abaixo mostra como a Via Láctea deve aparecer para um observador externo a ela. Os anéis ficam entre 13 mil e 130 mil anos-luz distantes do nosso Sol, estrela que, por sua vez, se posiciona a 30 mil anos-luz do centro do descomunal buraco negro que existe no centro da nossa galáxia.

(NASA, 30.maio.2007)

A descoberta foi anunciada pelo astrónomo Carl Grillmair na reunião da Sociedade Astronómica Americana, em Honolulu, Havaí. Grillmair encontrou os anéis ao analisar dados do Sloan Digital Sky Survey, o mais ambicioso projeto de mapeamento astronômico jamais empreendido. Com o patrocínio de um consórcio de 25 universidades americanas e européias, o SDSS consiste num telescópio no estado americano do Novo México cuja missão é fazer um catálogo 3-D de um milhão de galáxias que cobrem um quarto do céu noturno. Já foram catalogados mais de 70 milhões de estrelas.

Dois dos anéis são quase com certeza remanescentes de antigos aglomerados globulares. Conhecidos dos cientistas, eles contêm dezenas de milhares de estrelas – um punhado de areia numa praia, quando comparado com as estimadas 200 a 400 milhares de milhões de estrelas que formam a Via Láctea. Embora existam hoje cerca de 150 aglomerados estelares orbitando a nossa galáxia, no passado remoto eles podem ter sido milhares."
(traduzido e adaptado de TechnoScience!, 06.junho.2007)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Kepler: O homem e a sonda


"Johannes Kepler (Weil der Stadt, 27 de dezembro de 1571 — Ratisbona, 15 de novembro de 1630) foi um astrônomo, matemático e astrólogo alemão e figura-chave da revolução científica do século XVII. É mais conhecido por formular as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas como Leis de Kepler, codificada por astrônomos posteriores com base em suas obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico. Elas também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.
Durante sua carreira, Kepler foi um professor de matemática em uma escola seminarista em Graz, Áustria, um assistente do astrônomo Tycho Brahe, o matemático imperial do imperador Rodolfo II e de seus dois sucessores, Matias I e Fernando II, um professor de matemática em Linz, Áustria e um assessor do general Wallenstein. Também fez um trabalho fundamental no campo da óptica, inventou uma versão melhorada do telescópio refrator (o telescópio de Kepler) e ajudou a legitimar as descobertas telescópicas de seu contemporâneo Galileu Galileu."

A Sonda: ( in http://pt.wikipedia.org/wiki/Kepler_(sonda_espacial))

"A sonda Kepler consiste em um observatório espacial projetado pela NASA que deverá procurar por planetas extrasolares. Para esta finalidade, a sonda deverá observar as 100 000 estrelas mais brilhantes do céu por um período de quatro anos, a fim de detectar alguma ocultação periódica de uma estrela por um de seus planetas.
Kepler não deverá permanecer em órbita da Terra, mas sim em uma órbita de perseguição à órbita solar da Terra, a fim de que a Terra não oculte estrelas que estejam sendo observadas pelo observatório, além de este ficar distante das luzes da Terra. O observatório foi lançado em 6 de março de 2009.

-Objetivos científicos da missão
O objetivo da missão é explorar a estrutura e a diversidade dos sistemas planetários. Para atingir este objetivo, um grande número de estrelas deverão ser observadas. Esta missão vai procurar:
1. Determinar quantos planetas do tipo da Terra e de grandes planetas existem nas proximidades da região habitável(*) de um amplo espectro variável de estrelas.
2. Determinar o tamanho das órbitas deste planetas.
3. Estimar quantos planetas existem em sistemas de múltiplas estrela.
4. Determinar o tamanho e o tipo da órbita, brilho, tamanho, massa e densidade dos planetas gigantes de período curto.
5. Identificar membros adicionais a cada descoberta de um sistema planetário, fazendo o uso de outras técnicas.
6. Determinar as propriedades das estrelas que hospedam sistemas planetários.
A missão Kepler foi designada a testar as seguintes hipóteses:
A maioria das estrelas como o Sol tem planetas como a Terra, dentro ou próximo da região habitável.
Uma média de dois planetas do tamanho da Terra situados a uma distância entre 0,5 e 1,5 UA, baseado no nosso Sistema Solar e nas teorias de Wetherill (1996).
A missão Kepler também fornecerá dados para futuras missões da NASA semelhantes como a missão Space Interferometry Mission (SIM) e a missão Terrestrial Planet Finder (TPF), pois ela permitirá que:
Sejam identificadas estrelas que tenham características comuns e que possam ser hospedeiras de planetas, e assim submetê-las a uma pesquisa mais profunda.
Seja definido o volume de espaço necessário a ser pesquisado, otimizando a pesquisa.
a futura sonda SIM seja apontada para os sistemas estelares dos quais já se saiba que tenham planetas do tipo da Terra em suas órbitas."

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Planeta Kepler 22b

http://aeiou.expresso.pt/users/0/10/kepler-22-b-88ee.jpg

Kepler 22 é um sistema solar que se encontra a 600 anos-luz da Terra.

O planeta Kepler 22-b orbita em 290 dias uma estrela semelhante ao Sol, ainda que mais pequena e fria.
Este planeta possui uma temperatura média de 22 ºC, pelo que poderá haver condições para a formação de água no estado líquido e, portanto, poderá haver condições para a criação e existência de vida. Contudo, ainda não é conhecida a sua composição química, portanto não se sabe se este planeta contém água.

Com esta descoberta, sobe para três o número de planetas fora do sistema solar em zona orbital habitável.

A sonda Kepler, lançada em março de 2009 "tem por missão procurar planetas-irmãos da Terra suscetíveis de ter vida, observando mais de cem mil estrelas parecidas com o Sol.

Durante dois anos foram identificados 2326 candidatos a planetas, dos quais 207 com um tamanho aproximado da Terra e 680 com dimensões maiores.

Em maio, o Centro francês de Investigação Científica anunciou que um dos planetas que orbita a estrela-anã Gliese 581 poderá revelar-se ‘habitável’, com um clima propício à presença de água líquida e de vida.

Já em agosto, astrónomos suíços confirmaram a existência de um outro exoplaneta (planeta fora do sistema solar) em zona orbital habitável, o HD 85512b ."

(in http://www.movimentomilenio.com/2011/12/novo-planeta-habitavel-a-600-anos-luz-da-terra-video/, acedido em 8 de dezembro de 2011)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sonda russa Fobos-Grunt pode cair na Terra



"Os cientistas espaciais russos não conseguiram restabelecer os comandos da sonda Fobos-Grunt, que na semana passada falhou a trajectória de voo para Marte e ficou presa na órbita da Terra. As declarações da agência espacial russa têm sido escassas – ontem no site da Roscomos ainda não havia qualquer referência à missão falhada. A sonda deverá fazer a reentrada na atmosfera a partir de 3 de Dezembro, sendo esperado o acidente mais tóxico até à data: o equipamento estava abastecido com combustível para ir e voltar a Marte.

Se assim se for, o final de 2011 será atípico em episódios com lixo espacial: é a terceira reentrada não controlada de equipamento inutilizado, acontecimentos que têm gerado grande expectativa por não ser possível prever com rigor o local da queda. Em Setembro, o antigo satélite atmosférico da NASA, UARS, acabou por cair no Pacífico. Já o satélite alemão Rosat caiu em Outubro no Golfo de Bengala.

O objectivo da Fobos-Grunt, considerada "perdida" no fim-de-semana, era recolher amostras da lua Fobos, satélite de Marte. Uma falha técnica, depois do lançamento no Cazaquistão na terça-feira, colocou-a numa lista de 18 missões desastrosas da Roscomos a Marte. Ontem, num dos sites que tem feito a actualização de informações da missão citando fontes internas (russianspaceweb.com), lia-se que os controladores do porto espacial de Baikonur terão tido poucas informações da empresa que construir a sonda, NPO Lavochkin, algo que terá dificultado o processo de resgate da nave."

In Jornal I(online)

http://www.ionline.pt/iciencia/sonda-russa-fobos-grunt-pode-cair-na-terra

Notícias: Kepler 22-b, um candidato a “gémeo” da Terra

Representação de Kepler 22-b (NASA)
"A missão Kepler da NASA confirmou a descoberta de um planeta semelhante à Terra na zona habitável de um sistema solar a 600 anos-luz de distância, em redor de uma estrela idêntica ao Sol. Chama-se Kepler 22-b.
Não se sabe se é feito de rocha, gás ou líquido, mas sabe-se que tem uma temperatura à superfície que ronda os 22 graus Celsius. Já havia indicações sobre a sua existência, que agora foi confirmada pelos cientistas da missão Kepler da agência espacial norte-americana NASA. O Kepler 22-b é 2,4 vezes maior do que a Terra e é, até agora, o mais parecido com o Planeta Azul.

O planeta foi detectado pela primeira vez em 2009, mas só agora a NASA pôde confirmar a descoberta. Isto significa que já foi visto passar três vezes diante da sua estrela. Fica na chamada zona habitável daquele sistema solar, o que significa que pode ter condições adequadas à existência de vida. Ou seja, as suas características e a distância em relação à estrela permitem pensar na existência de água em estado líquido e de uma atmosfera que poderá ser compatível com a vida. (...)"

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(in Público, 5.dezembro.2011)