terça-feira, 1 de maio de 2012

Notícias: Segredos dos vulcões de Marte revelados

2012.abril.30
in Ciência Hoje

Espessura das camadas rígidas exteriores do planeta [Marte] varia
O trio de Tharsis e o Monte Olímpo. (Foto: Nasa) 

"A análise de dados da missão Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA), adquiridos ao longo de cinco anos, resultou na revelação de mistérios escondidos por baixo dos maiores vulcões do planeta vermelho. Os resultados mostram que a lava se foi adensando ao longo do tempo e que a espessura das camadas rígidas exteriores do planeta varia ao longo da região de Tharsis.
As medidas foram feitas enquanto a Mars Express estava entre 275 e 330 quilómetros acima da “barriga” vulcânica de Tharsis e foram combinadas com dados da Mars Reconnaissance Orbiter da NASA. A protuberância de Tharsis inclui o Monte Olímpo – o vulcão mais alto do sistema solar, com 21 quilómetros – e a fila dos três montes mais pequenos. Pensa-se que a região vulcânica terá estado activa até há 100-250 milhões de anos, o que é bastante recente numa escala de tempo geológico.
A grande massa dos vulcões causou pequenas oscilações na trajectória da Mars Express quando esta sobrevoou a região. Estas oscilações foram medidas na Terra através de radiolocalização e traduzidas em medidas de variação da densidade abaixo da superfície do planeta vermelho. Geralmente, a alta densidade dos vulcões corresponde a uma composição basáltica que está de acordo com os muitos meteoritos “marcianos” que caíram na Terra.
Os novos dados mostram também como a densidade da lava se foi alterando durante a formação dos três vulcões dos montes de Tharsis. Começaram com uma lava andesítica leve, que pode formar-se na presença de água, e foram depois revestidos com lava basáltica mais pesada, a que se vê à superfície da crosta de Marte.
«Combinando estes dados com a variação de alturas dos vulcões, podemos dizer que o Monte Arsia é o mais antigo, seguido do Monte Pavonis e por fim o Monte Ascraeus», diz Mikael Beuthe do Observatório Real da Bélgica e o primeiro autor do artigo publicado no Journal of Geophysical Research. No entanto, a densidade da lava do Monte Ascraeus diminuíu numa fase posterior."
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