quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Notícias: O distante Éris é gémeo de Plutão | Tamanho do planeta anão foi calculado com precisão

"Astrónomos mediram pela primeira vez de modo preciso o diâmetro de Éris, o longínquo planeta anão, no momento em que este passou em frente de uma estrela de luminosidade baixa. Os resultados são publicados hoje na revista «Nature».
Éris (ESO)
O fenómeno foi observado no final de 2010 por telescópios no Chile, incluindo o telescópio belga TRAPPIST que se encontra instalado no Observatório de La Silla do Observatório Sul Europeu (ESO) e mostrou que Éris é um gémeo quase perfeito de Plutão em termos de tamanho. Parece ainda ter uma superfície muito reflectora, sugerindo que se encontra uniformemente coberto por uma fina camada de gelo, provavelmente uma atmosfera gelada.
(...)
As observações combinadas dos dois locais chilenos indicam que Éris tem uma forma praticamente esférica. Estas medições são bastante precisas no que dizem respeito à forma e ao tamanho do objecto, mas apenas se não tiverem sido distorcidas pela presença de montanhas altas, o que dificilmente existirá num corpo gelado tão grande.
Éris e a nova classe de objectos

Éris foi identificado como sendo um objecto grande situado no Sistema Solar exterior em 2005. A sua descoberta foi um dos motivos que levou à criação de uma nova classe de objectos chamados planetas anões e à reclassificação de Plutão de planeta para planeta anão em 2006. Encontra-se actualmente três vezes mais longe do Sol do que Plutão.

Embora observações anteriores sugerissem que Éris era maior do que Plutão, este novo estudo prova que os dois objectos têm essencialmente o mesmo tamanho. O novo diâmetro calculado é de 2326 quilómetros com uma precisão de 12 quilómetros, o que torna o seu tamanho melhor conhecido que o de Plutão, que tem um diâmetro estimado entre 2300 e 2400 quilómetros. No entanto, descobriu-se que Éris é 27 por cento mais denso do que Plutão.

«Esta densidade significa que o planeta anão é provavelmente um grande corpo rochoso coberto por um manto relativamente fino de gelo», comenta Emmanuel Jehin, que participou neste trabalho. (...)"

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(in Ciência Hoje, 27.outubro.2011)

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